sábado, 19 de setembro de 2020

Poesia

 Decidi começar a publicar poesia. Na verdade, já tenho algumas coisas guardadas aqui no meu caderno que vou começar a por pra fora. Vou começar pela mais poesia pessoal de todas, a primeira que fiz:

[Sem título]

Bom dia!!!

Quem eu sou?

Mamãe nasceu antes;

Papai nasceu depois.

Papai cresceu na zona sul;

Mamãe cresceu na província.

Papai cresceu jogando presidente;

Mamãe cresceu jogando truco.

Papai ri com o Chaves;

Mamãe tira uma tirada da ponta da língua.

Mamãe tem muitos distantes primos;

Papai tem poucos primos próximos.

Papai e mamãe cresceram com muito amor.

Eles queriam mudar o mundo, mas não sabiam como.

Eles eram prosa, faltava a poesia. 

Então, no dia 130908 mamãe, em um dia de chuva, foi passear. Estava frio. Era longe. 

Haviam dito que ela não seria capaz de fazer isso. 

Mas ela foi. 

Aí, nesse mesmo dia, papai tascou um beijo na mamãe. 

Haviam dito pra ele que ele não seria capaz de fazer isso. 

Mas ele foi. 

Aí veio a poesia. 

Papai mostrou a ela o mundo;

Mamãe mostrou a ele a arte. 

Papai mostrou a ele a fúria;

Mamãe mostrou a ele a fé. 

Foi um amor tão grande;

Que abalou as estruturas;

O samba quase desafinou;

Estava faltando rima. 

Aí eu nasci!

Hoje eu sou...

Sou lacinho e pé descalço;

Sou chic e barriga pra cima;

Sou exata e sou humana;

Sou bercinho e cobertinha;

Sou cuidado e sou desapego;

Sou remédio e sou vacina;

Sou drama e sou raiva;

Sou amor e sou alegria. 

Sou da mamãe e do papai;

Sou da vovó e sou das bisas;

Sou dr. vovô e vovô Pato;

Sou prosa e sou poesia. 

Eu estou crescendo com muito amor. 

E por isso agora papai e mamãe sabem como mudar o mundo:

Take action to change your world;

And the world will change. 


 

  

domingo, 3 de maio de 2020

Hora de visualizar sonhos

Faz tempo que eu não escrevo, mas estes tempos de quarentena convidam à reflexão. E, diria mais do que isso, creio que há muita gente encontrando novos caminhos e buscando uma realidade que vá além. A essência. Afinal, o que importa de verdade? O que fazer da vida? O que realmente importa? Entre eles eu me incluo.

Não tenho certeza do que me aguarda lá na frente. Sequer tenho certeza do dia de amanhã (creio que seja um sentimento que ocorra a muitos de nós).

Mas eu tenho sorte de ter uma família maravilhosa e de ter sonhos. Muitos sonhos. Estou visualizando eles agora colocando eles aqui no papel.

Visualizo que estou voltando para o mercado profissional, sendo muito bem-sucedida. Rodeada de colegas e, mais do que isso, ajudando as pessoas a ter um futuro melhor. Eu creio que este caminho passará pela educação. Estou neste momento interessada em conversar com pessoas que possam me ajudar neste objetivo. Eu me interesso particularmente em contribuir neste desafio que tem sido as atividades dos filhos na quarentena.

Eu gosto de desenvolver essas atividades, é algo que tem me dado muito prazer. Penso em continuar a fazer muita massinha, dar folha pra giz de cera, enfim, crescer junto com minha filha. Desenvolver dança, esportes. Tudo juntas e misturadas. Com apoio da tecnologia, que, sem dúvida, na minha opinião, está agora nos dando apenas uma amostra do que será o futuro dos estudantes.

E ainda sobre o futuro, eu amo demais a minha filha. Sou às vezes tão incrivelmente encantada por ela que pra mim parece que mais nada importa. Meu sonho, por vezes, é que o tempo pare, que o encanto nunca termine. É algo mágico, que mal sei como explicar.

Tem ainda o amor do meu marido, que é um amor longo, que sempre se renova. Sonho que ele frutifique ainda mais no futuro.

E sonho com abraços. Nossa, como eles fazem falta. Não sei quando poderei, mas espero ir de novo ao teatro, a um parque lotado em um dia ensolarado, à praia (sabe, embarcar de roupa e tudo na água? Pois é...).

Meus pais, meus sogros, minhas irmãs, primos, primas, todo mundo que hoje está nas telas dos celulares e distante das mãos, do carinho (quem me conhece sabe como eu sou melosa).

Sonho voltar a deixar a Alice na escola. Dirigir com ela na cadeirinha, nós duas assobiando no meio do trânsito de São Paulo.

Por outro lado, lembro também de outras coisas que eu não notava. Nossa, acho que nunca olhei tanto para o por do sol e para a lua como passei a fazer nestes últimos tempos. Essa foto daí de cima mistura as duas coisas (e ainda tem uma luazinha, pra quem reparar bem). Aprendi a fazer yoga e ginástica usando o celular.  Aprendi várias receitas novas (pai, continua me mandando aquele monte de vídeos de culinária do YouTube tá?)

Enfim, não sairei a mesma dessa quarentena. Bora seguir sonhando, rumo a mais um dia.

sexta-feira, 14 de junho de 2019

Uma entrevista sobre o Inbound Marketing que me fez refletir

Foto: Freepik

Enquanto estou aqui fazendo o curso de Inbound Marketing da Hubspot Academy eu me vi refletindo mais a fundo sobre o que atraímos a partir do momento em que nos tornamos propaganda de nós mesmos.

Seja via redes sociais, onde somos facilmente localizáveis, seja por meio das nossas redes de amigos, o fato é que chamamos pessoas e negócios de acordo com o que nós transmitimos em um processo no qual a moeda de troca se chama conhecimento.

Antigamente, o processo de vendas era todo baseado no sistema tradicional, baseado no vendedor, em que ele era o senhor das informações. Hoje este papel passou para o usuário, que tem diante de si milhões de opções de produtos e serviços a respeito de praticamente absolutamente tudo o que ele deseja.

Achei bem interessante um trecho do curso que eu acabei de ouvir de Mark Roberge, Chief Executive Officer do Hubspot. Ele disse que ouve de muitos relatos de clientes que ouvem de suas equipes de vendas que os leads “não prestam”. “O que eles estão fazendo é usar uma abordagem de vendas tradicional em uma nova maneira de gerar demandas e leads”.

Ele explicou que no Inbound Marketing é diferente porque a abordagem de vendas começa com as pessoas que têm efetivamente o problema. “De outra forma elas não teriam feito a pesquisa no Google ou lido o blog”. Segundo ele, ao extrair tudo isso o relacionamento se parece muito mais o do relacionamento de um médico com seus pacientes, e muito menos do que um relacionamento de um vendedor com seus prospects.

Agora voltando a falar de mim, a todo momento em minha vida profissional (e pessoal também) eu paro para refletir: estou tomando as melhores escolhas? Estou sendo correta? Porque o que eu faço hoje impacta (e muito) e meu futuro de formas que eu não posso sequer imaginar.

sexta-feira, 15 de março de 2019

Comunicação não é o que você fala, é o que o outro entende

Comecei este novo artigo com a famosa frase do publicitário David Ogilvy porque a considero muito propícia para os tempos “fake news” em que vivemos hoje.

Um ponto que considero fundamental ressaltar, logo de início, é a quantidade de indicadores existentes hoje para determinar a assertividade da comunicação. Hoje a moda é falar em métricas, índices, dados em massa, tudo o que possa, de certa forma, garantir que a mensagem atinja o seu público-alvo.

Acredito que sim, estes dados são fundamentais. Os indicadores são uma espécie de bússola que orienta os nossos passos, uma vez que a nossa percepção interna a respeito do que pode ser, ou não, um sucesso pode variar bastante. Porém, nada substitui o bom e velho feeling na hora de decidir o que publicar.

Dentro deste contexto de entendimento do outro, a comunicação não-verbal possui um papel mais do que essencial. Quantas vezes você reparou mais na voz, ou no cabelo, ou na postura de determinada pessoa antes mesmo que ela começasse a iniciar o seu discurso de fato?

Quando eu praticamente perdi a voz por conta da disfonia espasmódica eu pude perceber isso na prática. Houve situações em que eu percebia, só pelo olhar, que a opinião do interlocutor a meu respeito mudava somente de eu abrir a voz.

Felizmente boa parte disso é passado, mas reconheço também que a minha rouquidão trouxe um fator bastante positivo, que foi o fato de que, a partir do momento em que passei a ter menos voz, virei uma melhor ouvinte (outra habilidade mais do que necessária nos dias de hoje).

Vivemos em uma sociedade ansiosa, agitada, sempre em busca de novidades e que pouco respeita os ciclos da vida e da natureza.

Creio que isso também é outro fator que contribuir para que as mensagens sejam menos efetivas. Sabe aquele ditado de que o livro é lido pela capa? Pois é, muitas vezes é o que ocorre, infelizmente. Aliás, quando foi que você concluiu o seu último livro? Eu há muito não lia um livro por inteiro e o fiz há menos de uma semana. Estou orgulhosa de mim, confesso.

Aliás, estou feliz também por terminar mais este artigo e dessa forma compartilhar a minha experiência de vida com você leitor. Até a próxima fornada!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Surgiu a ideia e ela é incrível! Mas e aí, temos um plano?

Foto: Freepik
Conheço muitas pessoas que têm ideias incríveis. Ontem mesmo eu encontrei uma amiga que deseja montar uma loja super legal. Eu mesma quero fazer o meu livro, como já contei por aqui, e fazer uma nova faculdade.

Tudo isso parece bacana, e é, mas há momentos em que parece que há algo faltando. A engrenagem demora a girar e as ideias, sensacionais, soam como se ficassem apenas estacionadas na nossa cabeça. Soa familiar?

Ontem, eu e meu marido rascunhamos juntos o projeto do livro para que ele possa fugir das estatísticas acima, a dos planos maravilindos, e ir para as prateleiras.

Acreditamos que há três coisas a considerar:

Objetivo estratégico:

Esse tópico representa qual o mote principal, o tema que será abordado, bem como um prazo para a sua realização. No meu caso, publicar um livro sobre depressão pós-parto e outros transtornos mentais até janeiro de 2020.

Objetivo tático:

Aqui dividimos tudo o que será necessário para alcançar o objetivo estratégico. Após fazer as contas, notamos que até lá restam 330 dias. A primeira fase consistirá em realizar as entrevistas (com previsão de término em 180 dias, o que representa cerca de três conversas por semana).

A princípio, pretendo focar nos depoimentos das mães (pode ser até que eu ouça especialistas, mas elas receberão os holofotes principais).
Entre setembro, outubro e novembro a meta é escrever e formatar o livro e entre dezembro e janeiro buscar uma editora e realizar um plano de divulgação.

Objetivo operacional:

Por fim, aqui procuramos estabelecer uma espécie de roteiro para as conversas. Serão, esse caso, entrevistas de até 30 minutos com mães de todas as partes do Brasil que vivenciaram algum tipo de transtorno mental no pós-parto. Entre os tópicos que serão abordados estão como ela se deu conta de que algo não andava bem, há quanto tempo ela possui o diagnóstico e também qual conselho ela gostaria de dar para as outras mães.

Além disso eu tenho um projeto de utilizar os meus diários (escrevo há anos) no livro, embora ainda não saiba exatamente como estes textos irão entrar na publicação.

Em paralelo pretendo realizar almoços e cafés com amigos que se dispuseram a me ajudar nessa empreitada da forma como podem. Uma das pessoas que já leu parte do material foi o Kaled Kanbour e hoje também marquei com a querida amiga Nilcea Lopes, que desde o começo se prontificou a colaborar na finalização da obra. Meu abraço apertado a eles, à minha família e a todos que seguem comigo neste objetivo.

Como eu creio que quando a gente escreve a gente concretiza, finalizo aqui mais um artigo com a certeza de que mais um tijolo do livro acabou de ser assentado.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Lista de tarefas é legal....mas junto com uma de metas é muito melhor!

Foto: Freepik
Tenho uma vida atarefada. Vivo me equilibrando entre os papéis de mãe, esposa e profissional. Ganhei no final do ano passado um quadro de tarefas que tem ajudado muito a organizar a rotina. Lá eu marco desde o remédio que eu preciso tomar até as visitas que eu recebo, compromissos profissionais e pessoais...

Mas eu sentia que estava faltando alguma coisa. Ali eu estava marcando as minhas, por assim dizer, obrigações. E o que realmente eu desejo fazer? De que forma eu estou buscando estes objetivos?

Então eu resolvi hoje fazer uma lista de metas. Não irei colocar todas aqui, porque algumas são bem pessoais, porém vou dar algumas amostras. Tem coisas que parecem ser bem intangíveis no momento (como correr a São Silvestre ou ir para a China) mas seguem com outras bem triviais.

É bem interessante como quando a gente tem estes objetivos em mente parece que as tarefas acabam sendo direcionadas para estas metas, e aí tudo parece fazer mais sentido.

Vou dar um exemplo: hoje eu fui na minha fonoaudióloga, a querida dra. Mariza. Quem me conhece há mais tempo sabe o quanto eu sofro com a minha voz, já que tenho disfonia espasmódica o que dificulta a projeção em especial dos tons graves. Pois bem, como desafio lá na lista de tarefas eu coloquei que eu desejo fazer um TED. E sabe que hoje eu fiz os exercícios pensando no TED? Eu me saí muito melhor! E ela disse que irá me ajudar na elaboração da palestra o que me deixou muito empolgada.

Outros dois pontos importantíssimos das minhas metas profissionais que eu gostaria de adiantar aqui são os trabalhos no livro (quero seguir firme na missão de contar a minha história e a de outras mulheres) e também fazer outra faculdade em ciências exatas.

Muita gente se diz surpresa quando eu digo isso, imagina que eu seja apenas uma pessoa das letras. Ledo engano. Eu considero a matemática uma das formas mais interessantes de linguagem que existe. Para mim, ela é como poesia. Ensina concentração, foco, fora a habilidade que passamos a ter de enxergar os problemas de uma forma mais simples e objetiva.

Bem, por hoje é só que eu ainda tenho pra hoje um trecho de livro para escrever e um bebê para buscar na escolinha. Abraço a todos, Tati

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Como lido com os fracassos na minha carreira

Foto: Mindandi/Freepik

Creio que já aconteceu com muita gente. Apareceu aquela vaga dos sonhos, você foi lá, vestiu sua melhor roupa, foi até a hora da entrevista e depois...recebeu aquele e-mail que diz algo como: “neste momento decidimos seguir com outro perfil”.

E quando ocorre uma demissão então? Após algum tempo, em que geral você sabe que as coisas não andam lá tão bem, você é chamado para a temida conversa, que acaba tendo um desfecho bom...deixa pra lá.

Eu já passei pelas duas situações acima.

O foco deste artigo é compartilhar a minha experiência como forma de ajudar outras pessoas que estejam na mesma situação e que precisem dar um outro significado para estes momentos.

Eu diria, para começar, que é algo duro, muito duro. É como se os seus sonhos fossem interrompidos de repente. Sabe, eu sinto como aquele namoro que parece que vai, mas não vai. A casa na praia que fica mais distante. O dia ensolarado que de repente virou cinza.

Mas aí, muitos dizem, é hora de enxugar as lágrimas e seguir em frente. Muitas vezes eu segui sem nem mesmo refletir, ainda mais em uma sociedade instantânea e valorizadora de sucesso como é a nossa. Porém creio que aí existe um risco. Eu já percebi que, ao fazer isso, em alguns casos acabei repetindo erros na carreira que me custaram novos fracassos.

Por outro lado, eu já fiz também o contrário. Sem perceber, ou mesmo percebendo até, afundei. Passei a não querer ver outras pessoas e a ter vergonha da situação, como se fracasso fosse algo contagioso. E aí as pessoas foram de fato se afastando, a situação piorando e o buraco ficando cada vez mais fundo.

Mas o fato é que começou a acontecer algo muito curioso de uns tempos para cá.

Eu, que sempre fui bastante reservada e que sempre tive uma dificuldade imensa de abordar assuntos que não me agradavam, passei a falar cada vez mais sobre isso.

A refletir sobre essas chamadas “derrotas”.

Eu busco reconstituir o que eu estava sentindo naquele dia com todos os detalhes possíveis. Que roupa eu vestia, o que foi dito, quem estava presente, como eu me senti. Parece estranho, mas reviver as experiências profissionais negativas têm feito com que elas sejam menos traumáticas. É como se as feridas fossem se recompondo a cada dia e virando cicatrizes menos profundas. E cada momento revivido traz novas lembranças e novos aprendizados.

Creio que outro ponto a ser colocado é trazer outro significado para as memórias. Cada entrevista e cada emprego novo trouxe para mim a oportunidade de conhecer gente nova, de me superar, de sair da minha zona de conforto.

Por fim, considero importantíssimo colocar a importância de manter contato com as pessoas. Como eu disse anteriormente, pode ser que os colegas antigos tenham se distanciado, mas que tal formar uma nova rede de contatos? Há uma série de eventos profissionais que podem servir para este objetivo, fora os cursos, alguns deles gratuitos, que podem gerar ótimas oportunidades.

E para terminar, segue a famosa frase de Winston Churchill: “Sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder o entusiasmo”.